Este início de século exibe
diferentes possibilidades de mediações, como em nenhum outro momento. Em meio a
este mosaico contemporâneo de informação, em que se escreve a história do
presente, atualizam-se memórias, recriam-se e se repetem antigos discursos. As
sociedades amazônicas são parte integrante deste novo cenário internacional, inseridas
nesta nova forma de globalização.
Ivânia Neves |
Atualmente, a Amazônia está no
centro das atenções internacionais, muito em função dos debates sobre o meio
ambiente e há uma imagem generalista das sociedades amazônicas. Aqui vivem mais
de 15 milhões de pessoas, espalhados em grandes e pequenas cidades, em grandes
e pequenas propriedades rurais, nas margens dos rios, em terras indígenas, em
remanescente de quilombolas. Se por um lado existem grupos indígenas isolados
na floresta, sem acesso à eletricidade e aos meios massivos de comunicação, por
outro, há grandes metrópoles como Belém e Manaus, com um universo midiático
bastante abrangente.
Muito pouco, no entanto, se produziu
de conhecimento acadêmico, em universidades da própria região, sobre a
realidade da Amazônia em relação aos processos de mediação. Penso que um dos
maiores desafios para os nossos atuais e futuros pesquisadores é conseguir
estabelecer parâmetros, sem estereótipos, que marquem um lugar de fala local em
diálogo com este mundo globalizado em que vivemos.
Ivânia dos Santos Neves
Jornal "O Comunicado", novembro de 2012
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